quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Síndrome de Down com bastante capacidade de interação



Apesar da Educação ser um dos principais veículos para interação das pessoas na sociedade, muitas vezes não exerce essa função ao excluir os que apresentam características diferentes das que a sociedade julga como normal ou por elas necessitarem de cuidados especiais.
Fazem parte desse grupo, e muitas vezes são excluídas do contexto Educacional regular, pessoas portadoras de uma doença genética chamada Síndrome de Down, que tem como principal característica à limitação em seu desenvolvimento motor, cognitivo e social, fazendo com que a educação e o aprendizado se torne uma atividade muito complexa, necessitando de cuidados especiais, ambientes propícios, materiais pedagógicos apropriados e sobretudo, professores capacitados.
A educação inclusiva, tem como principio básico, uma educação de qualidade para todos, onde juntos, independente de qualquer dificuldade, deficiências ou diferenças as pessoas possam ter o direito de apropriar-se de um ensino transformador e essa deve ser a saída para a educação dos portadores da Síndrome de Down.
Porem, seu processo de aprendizagem pode ser prejudicado por limitações genéticas , como doenças infecciosas recorrentes, problemas no coração, problemas na visão, audição e fala alem de algumas deficiências motoras.
Essas dificuldades especificas podem determinar um tempo de aprendizado diferenciado que deve ser levado em consideração para estruturar um programa educacional com vista a compensar diretamente cada individuo de acordo com seu potencial, procurando atendê-los nas suas dificuldades mas sempre criando novas formas de educar de acordo com a capacidade intelectual de cada um.
Esse processo de ensino deve ser iniciado a partir do nascimento, pelos pais, responsáveis em mostrar a necessidade de interação e integração ao seu meio social, fator fundamental no desenvolvimento intelectual dessas pessoas.
A escola inclusiva é imprescindível no processo de aprendizado visando um crescimento e desenvolvimento do portador da Síndrome de Down. Ela marca a saída do aprendizado familiar para o social e traz um mundo novo de informações e relações. A partir daí, adquirirão progressivamente conhecimentos cada vez mais complexos e indispensáveis para sua formação e total inclusão na sociedade.
Enfim, as interações escolares, desprovidas de qualquer preconceito, dos portadores da Síndrome de Down, dará direito a oportunidades iguais a pessoas que por um determinado motivo são excluídas do contexto social e proporcionará valores importantíssimos para uma vida estável, como aceitação, compreensão e afetos saudáveis, sentimentos verdadeiros que levarão a formação de uma personalidade completa e plena.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Leitura x Letramento no Pisa

É notória a grande dificuldade de nossos alunos se apropriarem de forma integral da leitura e escrita. Além disso, não são capazes de criarem textos coerentes, bem como usar seus conhecimentos de leitura nas diversas situações exigidas no cotidiano.
Com vista a levantar a dificuldades e situações de proficiência a leitura encontrada pelos jovens dos mais vários paises, foi criada uma avaliação Internacional, adotada pelo Brasil, denominada Pisa.
O Pisa avalia a capacidade de jovens usarem seus conhecimentos e habilidades para enfrentar os desafios da vida em sociedade e descreve, em uma matriz de referência, conhecimentos associados a habilidades que transpõem em escalas de níveis de leitura, ou de letramento, estabelecendo relações diferenciadas com o texto escrito, abrangendo informações específicas de compreensão, interpretação e de reflexão.
As provas de leitura são divididas em três sub escalas e em cinco níveis de proficiência, a saber:
Nível 1: Os alunos desse nível devem localizar informações explicitas em um texto, reconhecer o tema principal e a proposta do autor.
Nível 2 : Inferir informações em um texto, reconhecer a idéia principal, compreender relações, construir sentido e conexões entre o texto e outros conhecimentos pessoais.
Nível 3: Localizar e reconhecer relações entre informações de um texto. Integrar e ordenar varias partes para identificar a idéia principal, construir relações, comparações e explicações.
Nível 4: Localizar e organizar informações relacionadas em um texto, interpretar os sentidos em partes do texto, formulando hipóteses e avaliações.
Nível 5: Organizar informações contidas nos textos, inferir, avaliar criticamente um texto, demonstrando compreensão global e detalhada.
De acordo com os resultados obtidos no Pisa 2006, o Brasil ocupa o 50º na classificação por país, alcançando 392 pontos de média em leitura. Em relação aos sub níveis os alunos tiveram em média: 27,7 no nível 1, 25,3 no nível 2, 13,4 no nível 3, 4,7 no nível 4 e apenas 1,1 no nível 5.
Percebemos um desempenho muito ruim, dos nossos jovens que ficaram abaixo da média de paises como Chile, Uruguai e México.
Nesse sentido, ressalto a necessidade imediata de adotarmos uma pratica que sensibilize nossos professores das diversas áreas para a noção de que o desenvolvimento das habilidades de leitura é um objetivo a ser atingido pela escola nas várias áreas curriculares, oferecendo oportunidades para o aprimoramento de diferentes habilidades de leitura através do contato com uma maior variedades de gêneros textuais.
Prof Josué Cabral
Diretor NTE/Aquidauana